Aqui está, a metáfora ao serviço do haiku. Os clássicos teimam que se deve evitar, os modernistas não. O que interessa é que uma imagem não tem de ser nítida, nem «real». Pode ser turva ou mesmo surreal, ou até o real surrealizado.
O haiku deriva de uma forma poética muito em voga no Japão entre os séculos IX e XII designada por tanka que na sua forma original tinha 5 versos, de 5 e 7 sílabas, e tratavam temas religiosos ou ligados à corte. A partir do século XV os tanka deram origem a uma outra forma, de longos poemas (renga) de temática clássica: a primeira estrofe (a mais importante, que servia de mote, denominada hokku), de 3 versos (com 5, 7 e 5 sílabas), era sugerida por um poeta, e as restantes iam surgindo e associando-se uma após outra, numa espécie de resposta, por outros poetas. No século XVI apareceria ainda o haikai-renga, de temática humorística. Um pouco depois, a estrofe inicial de 3 versos do renga acabou por se tornar uma forma independente de poesia. Mas só no século XIX o mestre Masaoka Shiki lhe atribuiu o nome de haiku, pela junção das palavras haikai e hokku. Actualmente, o haiku é uma forma poética que, na sua forma mais comum, tem três versos curtos (sem rima) com um total de 17 sílabas (5 no primeiro verso, 7 no segundo verso e 5 no último verso). Quanto ao conteúdo, expressava (tradicionalmente) uma percepção da natureza ou uma referência a uma estação do ano.Hoje, o haiku assumiu já uma temática livre, abordando temas como o amor, o erotismo ou outro qualquer tema. É uma forma de poesia breve (ou minimalista), depurada, simples e fluente, que capta o instantâneo.
4 comentários:
Folgo em lê-lo nesta modalidade de novo! Gosto... muito!!
Sim, houve aqui um grande hiato de tempo...mas espero regressar em força!
ps- não há razões para formalismos. 'ler-te' soa bem melhor! ;)
n é formalismo é mais jocosidade...;) espero pelo regresso em força..
Aqui está, a metáfora ao serviço do haiku. Os clássicos teimam que se deve evitar, os modernistas não. O que interessa é que uma imagem não tem de ser nítida, nem «real». Pode ser turva ou mesmo surreal, ou até o real surrealizado.
parabéns por este
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